O poema"A uma passante" de Baudelaire e a música "As vitrines" de Chico Buarque mantêm entre si certas semelhanças quanto ao objeto de exegese do flâneur em manifestações literárias contemplativas da visão do homem moderno. O eu-lírico acompanhado nos dois casos referidos participam de um estado de delírio ou euforia ao deslumbrar-se na observação da "mulher-totem", pois ela não é mais musa e sim adorno da cidade, instante de poesia flagrado; que não se deixa notar e depois se evola no meio da multidão. Afinal, ela também é uma heroína da modernidade e como o flâneur compõe o quadro da cidade do qual todos estão imersos em suas individualidades.
Por Stéphanie.
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