Para o perfeito flâneur, para o observador apaixonado, é um imenso
júbilo fixar residência no numeroso, no ondulante, no movimento, no fugidio e no infinito. Estar fora de casa, e, contudo sentir-se em casa onde
quer que se encontre; ver o mundo, estar no centro do mundo e permanecer oculto ao mundo, eis alguns dos pequenos prazeres desses espíritos
independentes, apaixonados imparciais, que a linguagem não pode definir senão toscamente. O observador é um príncipe que frui por toda a
parte o fato de estar incógnito. (1996, p. 22)
Nenhum comentário:
Postar um comentário